quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

I SEMINÁRIO SOBRE ASILOS E ORFANATOS


SEMINÁRIO - IDOSOS E CRIANÇAS/ASILOS E ORFANATO - SABERES, PRÁTICAS E REALIDADE SOCIAL: QUAL A SUA RESPONSABILIDADE?





O evento será realizado nos dias 13 e 14 de dezembro de 2010 na Biblioteca Pública do Estado da Bahia - Barris e  tem o intuito de propiciar um espaço de debate e reflexão sobre os saberes, práticas e atuação de asilos e orfanatos na sociedade e pensar no compromisso individual com a inclusão social. O trabalho nas instituições que atendem crianças e idosos é indispensável para assegurar a cidadania, recuperação e/ou reabilitação das pessoas atendidas.

O evento constituirá uma oportunidade de desenvolvermos conhecimentos para uma ação profissional em benefício da sociedade, reconhecendo que todo profissional, e em especial o pedagogo, não está isolado do contexto global, e como parte da comunidade precisa estar sensível às necessidades dos diferentes espaços sociais.

Local: Biblioteca Pública do Estado da Bahia – Barris
Data: 13/12 – 8h às 18h (Sala de Projeção Luiz Orlando, 3° andar)
           14/12 – 8h às 18h (Auditório, 3° andar).
Investimento: Lençol e/ou Fralda Geriátrica (para doação à instituição) -


Maiores informações: gpeac@gmail.com

Público-alvo: Licenciados, Serviço Social, Pedagogos, psicólogos, médicos, assistentes sociais, enfermeiros, nutricionistas, fonoaudiólogos, administradores, profissionais das áreas de educação e saúde e interessados na temática. Coordenadores de cursos das áreas de educação e saúde;  Diretores e coordenadores de escolas públicas e privadas; Parlamentares que atuam  na área de educação e saúde; Representantes de entidades/instituições – asilos e  orfanatos.

Palestrantes/Colaboradores/Participantes: Profª(s) Teresinha Fróes Burnham, Eliane Souza, Artur Aranha, Mª Alba Guedes, Patrícia Braille, Ricardo Guimarães, Marcus Welby, Luciano Bonfim, Cintia Seibert, Meire Cardeal, Profº Bits, Ricardo Guimarães, Artur Aranha, Sandra Regina Guaré, Representante do Ministério Público do Estado da Bahia, Coordenadora da UATI e outros.

sábado, 30 de outubro de 2010

III LAVAGEM DA BIBLIOTECA PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA

Em comemoração ao Dia Nacional da Cultura, 05 de novembro, a primeira Biblioteca Pública do Brasil, aos 199 anos, realizará a sua III Lavagem. Uma grandiosa festa que confirma a baianidade da instituição e que em 2010 vem com uma responsabilidade ainda maior: comemorar os 40 anos de inauguração da sua atual sede, nos Barris. Não faltarão motivos para celebrar!
A única Lavagem “Profano - Literária” do calendário cultural da cidade, leva o livro, a literatura e a sua morada mais antiga no Brasil para as ruas. Uma ação cultural de grande porte que proporciona, por onde quer que o cortejo passe, o contato direto das pessoas com este universo cultural de saberes e prazeres.
A celebração terá início às 8h, com concentração feita por Adailton Poesia e a Banda Tambores da Raça, na Praça do Campo Grande. Às 9h, um cortejo formado por baianas, poetas, escritores, artistas, circenses, intelectuais, estudantes, populares e um mini-trio comandado pelo grupo cênico-musical Os Multipétalos passará pelas ruas do Centro Antigo com o tema “Ler é uma viagem. Embarque nessa!”, distribuindo livros e fazendo ressoar a sua importância. Serviços já oferecidos pela Biblioteca também irão para a rua, através de stands de seus setores, agregando valor de ação cultural aos atendimentos e serviços usuais. Após o cortejo, acontece a lavagem das escadarias da BPEB, que também fará a inauguração do seu novo banner, permanecendo com o slogan De Braços Abertos para Você, que na nova versão, apresenta crianças, idosos, negros, brancos e deficientes, a fim de demonstrar que a biblioteca está aberta à diversidade e à pluralidade do ser humano, e baseada no respeito ao conhecimento.  
Às 14h, a grande convidada para esta celebração, Márcia Short, sobe ao palco do Quadrilátero para animar o público com sua energia e vibração. Com 20 anos de carreira, a cantora já passou por grupos como Banda Mel, BandâBah, Timbalada, realizou turnês internacionais nos Estados Unidos, Europa e tem uma trajetória musical reconhecida e aplaudida em todo o Brasil.
Segundo a diretora da BPEB, Ivana Lins, o objetivo da Lavagem é “reafirmar a importância de uma ação cultural que leva o livro, a literatura e sua morada mais antiga na Bahia para a rua, proporcionando, por onde quer que o cortejo passe, o contato direto das pessoas com este universo”, enfatiza.
Informações:
                                                                              Blog: www.bibliotecapublicafpc.blogspot.com

sábado, 10 de julho de 2010

BLOG, A NOVA MIDIA: PERSPECTIVAS PARA SEU USO NAS PRÁTICAS DO NOVO LETRAMENTO


Lorena Bárbara da R. Ribeiro[1]
Marcus Vinicius Brandão [2]
Patrícia Nicolau Magris[3]
RESUMO:

Blog como nova mídia digital traz consigo inúmeras possibilidades para seus usuários; agora chega a vez dos educadores explorarem seus recursos como um novo instrumento de apoio didático, pedagógico, de ensino e prática do letramento. Inserido na perspectiva das novas mídias, o letramento adquire novos formatos podendo ser considerado a partir de então como um “novo letramento”. Partindo do pressuposto que o Blog é considerado uma das maiores redes sociais de troca e compartilhamento de informações e se baseia na comunicação por escrito para sua utilização, possibilitando compreender o letramento como um conjunto de práticas sociais que usa da escrita. Por meio deste artigo pretendemos apontar as principais características encontradas em um Blog considerando seus recursos multimidiáticos e as práticas de letramento inseridas nesse contexto. Acreditamos que o ensino e aprendizagem interligados pelo Blog como ferramenta colaborativa, promove o novo letramento e as relações de troca e compartilhamento de informações interligadas na blogosfera, contribuindo de forma significativa na adesão de novas formas de linguagem e escrita do indivíduo.
PALAVRAS-CHAVE: Blog, Novas Mídias, Letramento, Novo Letramento.

1 Discente do curso de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Departamento de Educação Campus I (DEDCI).
2 Discente do curso de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Departamento de Educação Campus I (DEDCI).

3
(Mestre) Professora Assistente da Universidade do Estado da Bahia - Departamento de Educação - Campus I - Salvador-Ba. Orientadora dos discentes.

Artigo completo






segunda-feira, 22 de março de 2010

I Jornada Pedagógica do Ensino de Graduação - UNEB


"EDUCAÇÃO, TECNOLOGIA E FORMAÇÃO DOCENTE NA CONTEMPORANEIDADE"


O Departamento de Educação da Universidade do Estado da Bahia-UNEB, promove a I Jornada Pedagógica do Ensino de Graduação, cujo tema é: Educação, Tecnologia e Formação Docente na Contemporaneidade, que será realizada nos dias 07, 08 e 09 de abril no Departamento de educação – Campus I, nos turnos matutino, vespertino e noturno.

A I Jornada Pedagógica oferece entretenimento cultural, palestras, cursos e oficinas que tratam de temáticas relevantes ao contexto educacional com o objetivo de fortalecer e ampliar os laços entre a tríade que sustenta esta Instituição: o ensino, a pesquisa e a extensão. É mais uma atividade que articula a comunidade acadêmica, graduação e pós-graduação, comunidade do entorno e a sociedade como um todo.

As inscrições gratuitas serão realizadas:

No Site: http://www.jornadauneb2010.blogspot.com/
No Departamento de Educação – UNEB

Para maiores informações:

jornadauneb@gmail.com

sabercoletivoblog@gmail.com

quinta-feira, 11 de março de 2010

Concepções de Infância - Um Breve Histórico*

Já faz um bom tempo que eu não posto nada por aqui. Falta de tempo devido a correria entre faculdade, estágio e a minha vida pessoal, claro. Não vou negar que uma parte foi falta de vontade, estava desanimada. Mas chegou a hora de voltar para os compromissos que firmei, não é? Não posso deixar Lorena tocar as coisas sozinha, afinal o Saber Coletivo foi uma idéia nossa através das experiências que tivemos no mundo blogueiro.


E por falar em Lorena, a palestra organizada por ela e Suzane não foi show? Eu estava lá na primeira fila cheia de orgulho da minha colega! Quem não foi pode ter certeza que perdeu muita informação sobre a nossa formação e profissão escolhidas. Prof.ª Patrícia Magris palestrou como ninguém, pena que o tempo foi curto. Mas quem sabe se em breve não acontece um novo evento envolvendo o tema? O primeiro passo já foi dado...


Vou deixar para minha cara colega o papel de trazer para este espaço as construções que foram feitas lá no Auditório Jurandir Oliveira. Aguardem as fotos e sintam-se a vontade para perguntar, discutir, opinar, enfim... Participem! Como vimos, existem muitos outros espaços de aprendizagem e os blogs podem e dever ser um deles.

Bom, mas deixa eu falar sobre o que trouxe para vocês hoje. Vocês viram como Prof.ª Patrícia gosta de falar, não foi? Pois eu gosto de escrever e se deixar eu não paro mais. Então, vamos lá!

Como requisito para aprovação na disciplina 'Referenciais Teóricos e Metodológicos das Ciências Sociais na Educação Infantil II', o Prof. Marcelo Faria solicitou a produção de um texto sobre o tema que mais nos interessou durante o semestre. Entre tudo o que foi trabalhado e construído, eu resolvi falar sobre a concepção de infância ao longo da história. É claro que esse não é um tema que pode ser todo trabalhado numa produção acadêmica como foi o caso, mas consegui fazer uma breve análise do assunto.

Bom, o primeiro ponto a ser analisado é o fato de que o sentimento de infância nem sempre existiu. Ariès (1978), ao analisar as obras de arte do período medieval apontou a inexistência da figura infantil nos quadros e retratos pintados. Naquela época a criança era vista como um mini-adulto e participava dos jogos, dos atos sexuais, das conversas entre os adultos e de hábitos de "gente grande" sem nenhuma distinção.

Como ocorre hoje, não havia um cuidado específico às crianças. Numa época onde os avanços na área de saúde não eram suficientes para controlar epidemias e doenças de toda sorte, seres tão pequenos eram alvos muito fragéis e muitos perdiam a vida ainda cedo. Dessa maneira, os pequeninos não tinham tanta importância até que completassem idade mais avançada e fora de tantos perigos.

Com isso não podemos dizer que os pais não amavam seus filhos, essa não é a questão que está sendo abordada aqui. Não podemos, em hipotése alguma, afirmar que as crianças eram abandonadas ou negligenciadas, apenas não existia o sentimento de infância que nos é comum nos dias atuais.

As crianças começaram a aparecer nas telas a partir do século XI, pintadas sempre como adultos em miniatura.

Por volta do século XVI, um novo sentimento de infância surgiu e a criança, por sua ingenuidade, gentileza e graça, se tornou uma fonte de distração. Os seres pequeninos passaram a ser reconhecidos pela graciosidade e despertavam brincadeiras e paparicos. Mas o marco histórico do começo da separação do mundo infantil do adulto veio mesmo com a escolarização, onde as crianças passaram a desempenhar funções diferentes daquelas que os adultos desempenhavam. Assim, a criança começou a ser vista como ser em formação, sendo preparado para atuar na sociedade, o que excluiu tais seres das responsabilidades maiores como o trabalho, tudo isso fruto do processo de industrialização.









Dessa maneira, de acordo com as observações feitas ao longo do texto - é claro que ainda falta muita coisa, esse é um histórico bem breve -, podemos afirmar que o sentimento de infância é algo que foi construído ao longo das transformações sociais e para cada época existe uma realidade diferente que vai depender dos costumes, da economia e da cultura de cada sociedade.
O intuito deste texto é apenas causar inquietações para uma discussão mais ampla do tema. Será que a concepção de infância que temos hoje é mesmo ideal? Qual a realidade enfrentada e vivenciada pelas nossas crianças hoje em dia? Uma questão para se pensar...

Até breve!

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* O presente texto foi elaborado com trechos de trabalho acadêmico de mesma autoria.

Referências:

ARIÈS, P. História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978.
SALLES, Leila Maria Ferreira. Infância e adolescência na sociedade contemporânea: alguns apontamentos. Estud. psicol. (Campinas), mar. 2005, vol. 22, nº. 1, p.33-41.
Fica a dica:

A obra de Ariès utilizada como referência para a elaboração do presente texto, é um clássico da história da infância. Essa é uma leitura muito importante e enriquecedora, vale muito a pena!

terça-feira, 2 de março de 2010

Palestra: "A atuação do pedagogo na escola e na empresa"

A finalidade desse evento é discutir a perspectiva profissional do pedagogo, considerando a amplitude da formação, a sua atuação no espaço escolar e na empresa.

A iniciativa de organizar essa palestra, surgiu do interesse, enquanto pedagogas, de conhecer outros espaços de atuação, e a relação desses – espaços - com o trabalho tão comum, em escolas.
O evento será gratuito e dará direito a certificado.

"A atuação do pedagogo na escola e na empresa"
Local: Auditório Jurandir Oliveira, Departamento de Educação, UNEB-Campus I.
Palestrante: Profª Ms. Patrícia Magris
Organização: Lorena Bárbara Ribeiro e Suzane Santana Silva (estudantes de Pedagogia da UNEB)
Data: 11/03/2010
Horário: 15h00 às 17h00
Inscrição: As inscrições já estão abertas e podem ser feitas no NETI (Departamento de Educação - UNEB) ou aqui mesmo no blog. Os interessados deverão preencher e enviar a ficha de inscrição para o email: sabercoletivoblog@gmail.com e aguardar a confirmação. (clique no link abaixo para baixar a ficha de inscrição).
INSCRIÇÕES ENCERRADAS!!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

VER E OLHAR: EXISTE DIFERENÇA?

Tomando como base o texto de Márcia Tiburi¹ Aprender a Pensar é descobrir o olhar ², comecemos uma discussão, uma expressão de opinião sobre a possível diferença entre Ver e Olhar. Será que existe essa diferença?

Ao perguntar a alguém se existe alguma diferença entre Ver e Olhar, certamente ouviremos que não; que Ver e Olhar são sinônimos. E de fato são. Entretanto, mesmo sendo sinônimos, existe diferença entre a ação de Ver e de Olhar.

Vivemos na era da informação, onde tudo que acontece é noticiado com muita rapidez. A quantidade de informações que nos são passadas, e também a rapidez com que são passadas, acaba não sobrando tempo para assimilação e reflexão do que aconteceu/acontece.

Ouvimos muito, mas pouco escutamos; vemos muito, mas pouco olhamos. Quando paramos para olhar algo, devemos nos despir de todo e qualquer preconceito, conceito ou pré-conceito; devemos está abertos ao que iremos presenciar, pois é através do olhar que percebemos o imperceptível.
“É como a arte de um escultor sobre a pedra, que para fazer a forma, deve antes passar pelo trabalho do vazio e retirar todo o excesso para que a forma surja”. (BARBIER, 2002)

O olhar, segundo Márcia Tiburi, é mediado, lento, porque remete a uma reflexão, enquanto o ver é imediato, desatento.

Ver é um “olhar” frio, sem interesse, com propósito de apenas tomar conhecimento de que algo existe, mas sem necessariamente internalizar a sua existência.

Olhar, por sua vez, necessita atenção especial, um momento dedicado a aquela ação – é um compromisso, uma responsabilidade, uma contemplação-. O olhar é algo mais humano, mais caloroso, preocupado com o propósito de perceber, sentir o que acontece consigo e com o mundo a sua volta.

Pode-se dizer que o olhar é o “colocar-se no lugar do outro”, é o olhar o sensível, ponderado, interessado.

“Ver é reto, olhar é sinuoso. Ver é sintético, olhar é analítico. Ver é imediato, olhar é mediado. A imediaticidade do ver torna-o um evento objetivo. Vê-se um fantasma, mas não se olha um fantasma. Vemos televisão, enquanto olhamos uma paisagem, uma pintura” (TIBURI, 2005)

Podemos dizer ainda que entre o Ver e o Olhar existe uma relação de complementação; o Olhar complementa o Ver. Para olhar é preciso, antes, ver. O ver – aquilo que chamou atenção-, remete ao olhar – se realmente tem relevância. O olhar, pós ver, é a consideração do que foi visto. Quando algo chama atenção, passamos da simples e imediata ação do Ver, para ação do Olhar (perceber).


“É como se depois de ver fosse necessário olhar, para então, novamente ver. Há, assim, uma dinâmica, um movimento – podemos dizer- um ritmo em processo de olhar-ver. Ver e olhar se complementam, são dois movimentos do mesmo gesto que envolve sensibilidade e atenção.” (TIBURI, 2005)


O olhar, portanto, é perceber, é existir, é conviver; vai além da ação rela de enxergar; é a nossa condição de tolerância com o outro. O olhar perturba, angustia, instiga, prende a atenção, provoca reação e remete ao pensar.




¹ Marcia Tiburi é graduada em Filosofia e Artes e Mstre e Dutora em Flosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
² Artigo originalmente publicado pelo Jornal do Margs, edição 103 (setembro/outubro). Disponivel em: http://www.artenaescola.org.br/pesquise_artigos_texto.php?id_m=26

Lorena Bárbara Ribeiro