O conceito de acessibilidade durante algum tempo esteve atrelado apenas à eliminação de barreiras arquitetônicas, devido às necessidades especificas das pessoas com deficiência física. Mais tarde, além da eliminação das barreiras arquitetônicas, o conceito de acessibilidade passou a abranger também a eliminação de barreiras ambientais, atitudinais, de comunicação e de transporte.
Com o surgimento do conceito de desenho universal, nos anos 90, que consiste no rompimento da visão de uma arquitetura voltada para um ideal de homem, onde se busca respeitar a diversidade humana, a idéia de acessibilidade passou a ser vinculada a não somente a eliminação de obstáculos – de qualquer natureza-, como também ao direito de ingresso, permanência e usufruto de todo os bens e serviço sociais.
Essa nova concepção de acessibilidade nos remete a outro conceito, o de inclusão.
Por muitos anos os deficientes viveram afastados do convívio social. Alguns viviam escondidos, outros eram internados em centros para receberem tratamento, e onde alguns até eram abandonados. O confinamento dessas pessoas era visto com uma “garantia” de cuidados e educação sem a ocorrência de rejeição.
Hoje se sabe que a melhor maneira de garantir cuidados e educação ao portador de necessidades especiais, é através da inclusão; é lhes permitindo acesso a lugares e pessoas nunca antes possíveis.
Não haveria, portanto, uma relação biunívoca entre inclusão e acessibilidade? Uma dependência entre as duas práticas, a prática de inclusão e a prática de acessibilidade?
A inclusão não se restringe apenas as pessoas com alguma deficiência; existe também a inclusão sociocultural, que independe da condição física. E acessibilidade caracterizada como garantia e direito de acesso, também independe da condição física. Estar incluso e ter acesso a algo e/ou alguém é direito de todas as pessoas com ou sem deficiências.
Portanto não podemos falar em inclusão social, inclusão sociocultural, inclusão escolar, políticas de inclusão para os portadores de necessidades especiais, sem falarmos de acessibilidade, garantia e direito de acesso, eliminação de barreiras arquitetônicas, atitudinais, de comunicação e de transporte.
Por isso a dissociação entre os dois termos- inclusão e acessibilidade-, atualmente já não é possível; uma sociedade acessível têm que ser uma sociedade inclusiva, uma sociedade que reconhece, respeita e responde às necessidades de todos os seus cidadãos.
Referências
DINIZ, Débora. O que é deficiência? Coleção Primeiros passos. Editora Brasiliense, 2007.
BUENO, Carmen Leite Ribeiro; PAULA, Ana Rita de. Acessibilidade no mundo do trabalho.
Com o surgimento do conceito de desenho universal, nos anos 90, que consiste no rompimento da visão de uma arquitetura voltada para um ideal de homem, onde se busca respeitar a diversidade humana, a idéia de acessibilidade passou a ser vinculada a não somente a eliminação de obstáculos – de qualquer natureza-, como também ao direito de ingresso, permanência e usufruto de todo os bens e serviço sociais.
Essa nova concepção de acessibilidade nos remete a outro conceito, o de inclusão.
Por muitos anos os deficientes viveram afastados do convívio social. Alguns viviam escondidos, outros eram internados em centros para receberem tratamento, e onde alguns até eram abandonados. O confinamento dessas pessoas era visto com uma “garantia” de cuidados e educação sem a ocorrência de rejeição.
Hoje se sabe que a melhor maneira de garantir cuidados e educação ao portador de necessidades especiais, é através da inclusão; é lhes permitindo acesso a lugares e pessoas nunca antes possíveis.
Não haveria, portanto, uma relação biunívoca entre inclusão e acessibilidade? Uma dependência entre as duas práticas, a prática de inclusão e a prática de acessibilidade?
A inclusão não se restringe apenas as pessoas com alguma deficiência; existe também a inclusão sociocultural, que independe da condição física. E acessibilidade caracterizada como garantia e direito de acesso, também independe da condição física. Estar incluso e ter acesso a algo e/ou alguém é direito de todas as pessoas com ou sem deficiências.
Portanto não podemos falar em inclusão social, inclusão sociocultural, inclusão escolar, políticas de inclusão para os portadores de necessidades especiais, sem falarmos de acessibilidade, garantia e direito de acesso, eliminação de barreiras arquitetônicas, atitudinais, de comunicação e de transporte.
Por isso a dissociação entre os dois termos- inclusão e acessibilidade-, atualmente já não é possível; uma sociedade acessível têm que ser uma sociedade inclusiva, uma sociedade que reconhece, respeita e responde às necessidades de todos os seus cidadãos.
Referências
DINIZ, Débora. O que é deficiência? Coleção Primeiros passos. Editora Brasiliense, 2007.
BUENO, Carmen Leite Ribeiro; PAULA, Ana Rita de. Acessibilidade no mundo do trabalho.
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